O Seminário teve como objetivo responder vários questionamentos das empresas e dos trabalhadores diante das mudanças promovidas pela reforma: o que muda para o trabalhador e a empresa?; quais os benefícios para a classe trabalhadora e empresarial?; como ficam as convenções coletivas?; como as entidades vão se manter com a nova reforma trabalhista?; foram algumas das principais indagações dos participantes.
O desembargador Edson Bueno de Souza, presidente e corregedor do Tribunal Regional do Trabalho 23ª região (MT) e membro do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, e o advogado Narciso Figuerôa Junior, que atua nas áreas trabalhista e sindical, especialista em Direito do Trabalho, buscaram responder em suas palestras às polêmicas suscitadas pela matéria.
De modo geral, o desembargador Edson Bueno defendeu o bom senso para os juízes na hora de julgar as ações trabalhistas nesse novo momento, observando a lei e também as condições socioeconômicas envolvidas nessas decisões. Por sua vez, o advogado Narciso Figuerôa reconhece que algumas mudanças foram drásticas para os trabalhadores, mas que também representam uma janela de oportunidades para ambos os lados.
“É uma demonstração de maturidade, neste momento em que as duas classes, trabalhadores e empresários, podem se reunir. Agora, com a prevalência do negociado sobre o legislado, em diversas matérias, isso vai prevalecer, e é um terreno fértil para o debate. Então vejo isso como um passo largo rumo à construção democrática daquilo que se pretende”, destacou o desembargador Edson Bueno.
O advogado trabalhista Narciso Figueroa também elogiou a iniciativa do debate. ““É muito importante esse tipo de evento para discutir as mudanças trazidas pela reforma trabalhista, que alterou o direito material, direito coletivo e sindical, direito processual; as alterações são profundas. Esse evento permite que sejam examinadas essas mudanças e que os diversos entendimentos das matérias mais polêmicas possam ser debatidos. Nesta oportunidade podemos examinar todos as mudanças e buscar não a melhor opinião sobre a reforma, mas conhecer as novas regras e o que elas trouxeram de benefício”, completou.
Ledevino da Conceição, presidente do Sintrobac – “o Seminário foi esclarecedor”
Para o presidente do Sintrobac, o debate foi fundamental para nortear a atuação do Sindicato diante dessa nova realidade. “Nosso objetivo aqui foi conhecer a fundo as novas regras para traçarmos nossas estratégias de ação. Tivemos uma palestra de um advogado que é extremamente patronal, conhecedor profundo da reforma trabalhista, e uma outra palestra de um desembargador que é neutro, que também é um estudioso do tema, e todos eles estão colocando seus pontos de vista, e nós estamos ouvindo todos os lados, pois estamos iniciando a negociação coletiva de 2018 e precisamos conhecer a fundo as mudanças para que o trabalhador não tenha prejuízo”, ressaltou.
Sindmat também avaliou como positivo o diálogo amplo
Presente no Seminário, o presidente do Sindmat, Eules Vieira, que foi um dos organizadores, avaliou a iniciativa como muito positiva. “Foi o primeiro evento que fizemos com empresas e trabalhadores, patrão e empregado. Eu acho que é nesse intuito que eu venho colocando sempre para os representantes da classe laboral, porque é através do diálogo que nós poderemos fazer com que avancemos cada vez mais. Esse canal que estabelecemos agora é de importância fundamental para nós, empresários, e para os trabalhadores”, sintetizou.
Ao final do Seminário, foram entregues certificados aos participantes em sua integralidade, ou seja, todos os que se fizeram presentes nos dois períodos, matutino e vespertino.